Monday, October 24, 2005

Um mar sem fim

Ela olha assim pro mar.
Verde, azul, amarelo, alaranjado.
O Mar é colorido.

Ela tem roupas pretas.
Quase todas são pretas.
Preto é cor pra ela.

Quando ela sonha, pode ser que dê certo.
O sonho dela é cheio de cores.
Nem Freud explica esses sonhos cheios de cores e cheiros.

Um dia, quando já amanhecia,
Ela adormeceu e sonhou com o mesmo lugar,
Um detalhe faltava.

Ela sabe que nasceu completa.
Um todo em todos os aspectos.
Faltava o que não faltava nela.

Faltava o que sentia olhando pro mar.
As cores,
O preto do vestido,
O sonho de água salgada.

O recomeçar é tão necessário quanto o deixar ir.
Ela deixou o mar levar.
Como uma benção.

2 comments:

Anonymous said...

isso é música...

Anonymous said...

E não é que chegou o dia que ela cansou de olhar?
Melancolia não dava mais. Ela precisava dissipar aquele cinza dos olhos.
Ela tirou a roupa preta e mergulhou.
E o colorido invadiu-lhe a alma.
E ela podia sentir seu todo flutuando. Não faltava nada porque a água não invadia.
E ela se deixou levar...
Até que retornou.
Mas ela tava diferente.
Acho que o mar levou aquilo que lhe inquietava.
Lavou-lhe a alma.
Ela vestiu a roupa preta, olhou pra trás, sorriu e foi embora.
Qualquer dia ela volta.
Quando ela precisar se encher de colorido, ela volta.