Friday, February 17, 2006

A moça que talvez fosse eu.

A moça queria tanto sorri que nem pensava na piada.
Ela tinha sede de vida e cachoeira de vida.
Queda d´água.

Ela caia e levantava, descompassadamente sem fim.
Tinha a mesma sensação que era agora o tempo dela.
E se jogava, sempre.

Todo dia sonhava, mesmo que não lembrasse, sonhava.
Acordava bem e maliciosamente esperta.
Tinha uma vontade de nem acordar mais.

Vivia as figuras, os personagens, as imagens.
O livro dela, escrevia todo dia,
Depois de cada sonho.

E no final do dia, era quando a história começava.
Sem ponto e sem vírgulas.
Viver era rápido demais, não admitia essas pausas.

Quando nasceu soube que morreria.
Viveu, sabendo que nasceria.

3 comments:

Anonymous said...

nem sei o que comentar.verso perfeito em rima,métrica e cor.

Anonymous said...

essa minha prima
isso ai vai virar musica!!

kd o bosta do marcelo ki num faiz isso de musica!

beju dani.. axo ki foi u unico texto ki li na minha vida em um blog..

:)

Peter B. Parker said...

podia virar uma canção mesmo
podia ser ainda você



é tudo uma questãod e querer.